A técnica da reverberação cacofônica massiva
Chamou a atenção, mas agora começou a “esfriar” o caso da página CHOQUEI que, reverberando maledicência orquestrada acerca de um fato que deveria ser irrelevante para a vida alheia – o pretenso romance de uma jovem desconhecida com uma celebridade comprometida – acabou por fomentar o suicídio de uma das vítimas da fofoca coletiva.
O caso seria abafado, não fosse a reação da outra vítima – a celebridade – que, rebatendo a maledicência, denunciou, por insinuação clara, a existência de uma mega e multimilionária agência controladora da rede de “notícias”, ironicamente denominada MYND.
Reiterando a desdita do “Al Capone”, mafioso que não foi preso pelos crimes que todos sabiam ser por ele cometidos, mas pela sonegação fiscal por ele perpetrada, a agência controladora viu seu lucrativo e sórdido renome ser arranhado por golpes de esmerilhadeira diamantada ao ser exposta como grande rede de influência, sobretudo política, cujo poder consistia em arregimentar pessoas populares e moralmente descomprometidas, e dominá-las a troco de moedas a ponto de publicar como se elas próprias fossem. Despertado o escândalo, a agência, apressadamente, modificou suas páginas, ocultando suas “almas vendidas”, buscando preservar o poder de gerar o efeito cardume/manada daquilo que transforma na notícia da vez.
Crianças e pré-adolescentes que arregimentaram milhões de seguidores jogando videogame de bloquinhos mineráveis foram cooptados, deixando o game em segundo plano para falar de sexo imundo para crianças e de partidarismo político marxista para adolescentes, chegando a participar de “lives” com ministros do Supremo Tribunal Federal que, deveriam, mas não escondem suas preferências ideológicas, sexuais e políticas.
Mas isso não deveria nos escandalizar…
Desde o início do século XX, a tirania viu armas poderosíssimas na propaganda e na repetição ideológica descompromissada com a verdade. Com o uso delas, promoveram as duas guerras mundiais e desestruturação inimaginável no sentimento de humanidade, respeito e irmandade entre as pessoas e os povos. Na segunda grande guerra, as propagandas nazista e comunista, promovidas pelo super gênio do mal Joseph Goebbels, e pelo órgão de propaganda e censura de Joseph Stalin, o Glavlit, desenvolveram técnicas coletivistas e opressoras que diuturnamente são aplicadas.
Primeiramente na radiofonia, depois na televisão e, agora, nas redes sociais.
No Brasil, desde o Repórter Esso ao Jornal Nacional, todos fomos condicionados a dar boa noite em resposta ao âncora da vez, concordando com tudo o que as suas belas vozes nos indicavam… Até o Sr. Francisco, pai da dupla Zezé de Camargo e Luciano, foi transformado em filme que retratava esse hábito dele, repetido milhões de vezes todas as noites. As notícias passaram a ser meticulosamente articuladas pela controladora da vez – Redes Tupy/Globo – e repetidas pelas outras que iam surgindo.
Ainda hoje, em que a máscara deste sórdido controle já caiu para muitos despertos, é inevitável o poder de influência das grandes redes sobre todos nós. A grande maioria das televisões abertas ou fechadas, por exemplo, já vem de fábrica programada para ligar na Rede Globo. Observem, caros leitores, que na maioria dos locais de espera e de aglomeração, como hospitais, clínicas, essa emissora reina ligada e amplamente visualizada. Há pouco tempo, num hospital da capital onde moro, meu filho teve uma apendicite e, dada a lotação, teve que ficar por três dias numa enfermaria de “hospital dia”. Lá havia seis leitos com televisões e era impressionante observar como as notícias, originadas na Globo, eram simplesmente repetidas pelas demais emissoras. Até hoje, confesso, busco nos portais de notícias da grande mídia a certificação de determinadas informações. Na prática, eu mesmo delego a elas a tarefa de definir, por mim, o que é ou não uma “fakenews”.
Ocorre que as redes sociais transformaram o curral em currais. A superbolha global foi fracionada em milhares de bolhinhas. Era só uma questão de tempo que colecionadores de bolhas, como a MYND, fizessem o árduo e sujo trabalho de renovar a hipnose coletiva.
E quem financia isso?
Bem, todos nós! Qualquer empreendedor, do micro ao macro, precisa comercializar seus produtos e, para isso, busca quem tem maior poder de propaganda. Ah, então a culpa é do capitalismo? Ledo engano: quem mais precisa de propaganda, por depender de escolha coletiva, é o Estado, e nada mais estatal que o neossocialismo de consumo e seus metacapitalistas de estimação! Então as verbas públicas de propaganda, que saem de nossos bolsos, também têm rumo definido.
Gerenciar grande número de bolhas, contudo, é diferente de gerenciar apenas parte delas…
E é por isso que as iniciativas legais de calar os grupos divergentes pipocam nos três poderes como prioridade máxima, com inúmeros projetos de regulação da Internet e redes sociais. A justificativa? “Proteger o idiota, digo, cidadão, das terríveis fakenews”.
Mas não competiria a cada um acreditar ou desacreditar em conformidade com o seu livre-arbítrio, cultura e entendimento?
Pergunte isso a quem quer ser dono do curral, das cabeças de gado e de seus votos, queridos leitores.
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Fatos são fatos. Mesmo em conformidade com o livre-arbítrio, cultura e entendimento, cabe aos meios de comunicação, seja a mídia tradicional ou as plataformas digitais, como o Conexão Libertas, informar corretamente os fatos. Se uma “notícia” é comprovadamente uma mentira, mesmo assim cabe a cada um acreditar ou desacreditar em conformidade com o seu livre-arbítrio, cultura e entendimento? Ou cabe também aos meios de comunicação , sejam eles quais forem, esclarecer, informar e alertar também sobre “notícias” que são comprovadamente falsas, já que contrárias aos fatos e à realidade. Essa é a questão.
Olá Luis Flávio! Primeiramente muito obrigado pelo seu interesse nas publicações do Conexão Libertas e sua dedicação em redigir sua opinião. Certamente que todos, desde o indivíduo às mídias, devemos ser comprometidos com a verdade e com os fatos. Essa é a postura honesta. O jornalismo sério, principalmente, deveria retratar como fato apenas aquilo que foi conferido à exaustão. Infelizmente, por notórios interesses econômicos e de poder, descomprometidos com a ética e a verdade, a propaganda tem substituído a notícia, alterando seu contexto por vários meios, como a saturação de informações, o colorido da notícia, a fragmentação e a supressão de partes de declarações e vídeos, etc. Ao cidadão comum, que não possui tempo ou recursos financeiros para empreender investigações a cada notícia, essa tarefa é frequentemente delegada à grande mídia, que passa a ter presunção de veracidade e, em razão disso, controle das opiniões finais. Mas ela também erra, por culpa ou por intenção (e isso é muitíssimo comum). Essa hegemonia tem sido desafiada pelas redes sociais, que ofertam, com mais liberdade, as interpretações sobre os fatos, desmascarando muito deles, muitas vezes com um simples vídeo ou evidenciando clara a contradição do noticiado ante outros fatos. Penso que a liberdade e a desconfiança devem sempre permear aquilo que aceitamos ou não como notícia, seja do indivíduo, das redes sociais, da pequena ou da grande mídia, das autoridades estatais, etc.. Considero que delegar a certificação de algo exclusivamente a um ente, ou permitir que ele, individualmente, tenha a palavra final, é atitude pueril e perigosa, desumanizadora, coletivista e fomentadora de controle ditatorial. Lembro que a repetição da opinião da maioria, ou da hegemonia da vez, não necessariamente certifica um fato: Galileu Galilei que o diga… Mais uma vez obrigado pela opinião e fica o convite para continuar nos prestigiando com elas nos demais artigos.
Excepcional esclarecimento!!!