Brasil tem pelo menos 14 supercentenários, pessoas com mais de 110 anos

Brasil tem pelo menos 14 supercentenários, pessoas com mais de 110 anos

O Brasil possui pelo menos 14 supercentenários, ou seja, pessoas com idade igual ou acima de 110 anos. O dado é resultado de um levantamento do LongeviQuest, instituto internacional que pesquisa os limites da longevidade humana.

O Brasil conta com a segunda pessoa viva mais velha do planeta. A freira Inah Canabarro Lucas, nascida em São Francisco de Assis, no Rio Grande do Sul, tem hoje 116 anos e três meses de idade. A primeira colocada na lista também é uma mulher, a japonesa Tomiko Itooka, nascida duas semanas antes de Inah.

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Segundo o Gerontology Research Group (Grupo de Pesquisa em Gerontologia), são 310 supercentenários espalhados pelo mundo todo, a maioria mulheres. O cientista Waclaw Kroczek, diretor do grupo no setor de supercentenários, diz que mulheres tendem a viver mais do que homens por razões biológicas, sociais e de estilo de vida.

“Um fator chave é que as mulheres geralmente têm um menor risco de doenças cardíacas mais cedo na vida devido a diferenças hormonais, especialmente os efeitos protetores do estrogênio”, afirma Kroczek, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.

As mulheres também costumam cuidar mais de sua saúde, como visitar regularmente seus médicos e adotar uma alimentação saudável, o que contribui para sua longevidade, segundo o pesquisador. “Muitos têm estilos de vida equilibrados que incluem hábitos alimentares saudáveis, atividade física regular e fortes conexões sociais”, diz.

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Conheça a mais velha dos supercentenários brasileiros

Inah Canabarro Lucas nasceu em São Francisco de Assis, Rio Grande do Sul, Brasil, em 8 de junho de 1908. Quando criança, estudou no internato Santa Teresa de Jesus em Santana do Livramento, Rio Grande do Sul. Por volta de 1928, mudou-se para Montevidéu, no Uruguai, onde se tornou freira.

Em 1930, voltou ao Brasil para ensinar português e matemática em uma escola na Tijuca, no Rio de Janeiro. No começo dos anos 1940, retornou a Santana do Livramento, onde trabalhou como professora. Atualmente, Inah vive em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

Aos 110 anos, começou a ter dificuldades de mobilidade e precisou começar a usar um andador. Em 25 de janeiro de 2021, aos 112 anos, recebeu sua primeira dose da vacina contra a covid-19, uma das pessoas mais velhas a ser vacinada.

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Inah se tornou a pessoa mais velha validada viva no Brasil depois da morte de Antonia da Santa Cruz, em 23 de janeiro de 2022. Posteriormente, tornou-se a pessoa viva mais velha validada em toda a América do Sul e América Latina, depois da morte da colombiana Sofia Rojas, em 30 de julho de 2022.

Em outubro de 2022, Inah contraiu covid-19 enquanto estava hospitalizada, mas conseguiu se recuperar da doença em novembro, uma das sobreviventes mais velhas conhecidas da doença. Com a morte de Lucile Randon, em 17 de janeiro de 2023, Inah tornou-se a freira mais velha viva no mundo.

Em seu 115º aniversário, em junho de 2023, Inah recebeu a visita do recém-nomeado correspondente do Gerontology Research Group no Brasil, o doutor Ângelo José Gonçalves Bos, que lhe entregou uma placa que a certifica como a pessoa mais velha viva na América do Sul. Segundo o grupo, ela é a sexta supercentenária da América do Sul a atingir 115 anos.

Leia também: “Gerontocracia”, artigo de Rodrigo Constantino publicado na Edição 181 da Revista Oeste

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