Ditadura de Maduro prende líder partidário da oposição

O partido Voluntad Popular denunciou a detenção “arbitrária” do dirigente partidário e jornalista Roland Carreño

Na sexta-feira, 2 de agosto, o partido de oposição venezuelano Voluntad Popular denunciou a prisão do líder partidário e jornalista Roland Carreño.

“Denunciamos perante o país e a comunidade internacional a prisão arbitrária” de Carreño, diz comunicado da legenda divulgado no X.

“Até agora, desconhecemos o seu paradeiro”, afirmou o partido que conta com os líderes opositores exilados Leopoldo López e Juan Guaidó.

A detenção ocorre em meio a manifestações contra a farsa eleitoral”de Nicolás Maduro na Venezuela. Os líderes da oposição também estão sendo ameaçados e acusados.

No dia 30 de julho, Freddy Superlano, líder da oposição e ex-deputado, foi preso pelas autoridades da Venezuela. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) denunciou a detenção.

María Corina Machado, a líder da oposição, foi pressionada pelo Ministério Público por relatar irregularidades na “contagem dos votos” e existe um pedido de prisão contra ela.

A fraude eleitoral de Maduro

Na sexta-feira, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela divulgou uma atualização dos resultados da eleição de domingo, com 96,87% dos votos agora contabilizados.

O desfecho é essencialmente o mesmo do que foi divulgado na madrugada de segunda. E, mais uma vez, o CNE não apresentou as atas que poderiam validar a contagem.

Nesta ocasião, Maduro surge na liderança com 51,95% dos votos.

Edmundo González Urrutia, o candidato da oposição, registra 43,18% dos votos.

A divulgação dos números foi feita por Elvis Amoroso, presidente do CNE e ex-deputado do Partido Socialista Unido da Venezuela, PSUV, o partido de Hugo Chávez e do ditador Nicolás Maduro.

No boletim inicial, divulgado com a contagem de 80% dos votos, Maduro estava com 51,2% e Urrutia, 44,2%.

Os dados divulgados pela oposição venezuelana, baseados em 80% das atas, apresentam um contraste com esses números.