Dólar bate recorde pelo 2º dia seguido e fecha cotado a R$ 5,98

Dólar bate recorde pelo 2º dia seguido e fecha cotado a R$ 5,98

Recorde seguido de recorde. Isso ocorreu com o dólar frente ao real. Na quarta-feira, 27, a moeda norte-americana havia fechado o dia a R$ 5,91. Nesta quinta-feira, 28, as negociações chegaram ao fim com o estabelecimento de um novo patamar: R$ 5,98.

O cenário poderia ser pior. No decorrer do dia, o dólar chegou a ser negociado acima dos R$ 6. No meio da tarde, a cotação esteve em R$ 6,02. Recuou, o que não impediu o estabelecimento de um novo recorde para a moeda no fechamento do mercado.

De acordo com o Banco Central do Brasil, a quinta-feira acabou com tanto a taxa de compra quanto a taxa de venda do dólar em R$ 5,98.

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A valorização do dólar frente ao real ocorre em meio ao anúncio do pacote de cortes de gastos por parte do governo federal. Ontem, o mercado esperou a confirmação da proposta. Hoje, com as promessas feitas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ficando aquém do aguardado pelos investidores, a moeda norte-americana valorizou-se ainda mais e, assim, estabeleceu um novo recorde histórico.

Conforme registrou Oeste, Haddad limitou-se a anunciar um novo imposto e a prometer que o governo federal irá reduzir R$ 70 bilhões em gastos no decorrer dos dois próximos anos. O ministro, no entanto, não apresentou detalhes de como fará isso.

PT criticou Bolsonaro quando dólar chegou a R$ 4,26

Homem-forte da economia da atual gestão federal, Haddad é filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), assim como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em novembro de 2019, quando o país estava sob administração de Jair Bolsonaro, a legenda de esquerda criticou o fato de, na ocasião, o dólar ter atingido R$ 4,26. “Incapacidade da gestão”, afirmou a sigla partidária, que, por ora, não teceu nenhuma crítica em virtude de a moeda norte-americana beirar os R$ 6.

Com a valorização do dólar, Bolsonaro se manifestou. Pelo Twitter/X, ele resgatou crítica feita por Simone Tebet em junho de 2022. Na época, ela, que era senadora pelo MDB de Mato Grosso do Sul, reclamou de o dólar ter ultrapassado a barreira dos R$ 5. Hoje, ocupando o cargo de ministra do Planejamento e Orçamento do governo do PT, ela não criticou o presidente de plantão.

Leia também: “Uma biruta sob ventos erráticos”, artigo de Adalberto Piotto publicado na Edição 239 da Revista Oeste


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