Inflação acumulada até setembro encosta no teto da meta do governo Lula

Inflação acumulada até setembro encosta no teto da meta do governo Lula

A inflação acumulada dos últimos 12 meses fechou em 4,42% em setembro, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 9. O número se aproxima do teto da meta definida pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que é de 4,5%.

Em setembro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu para 0,44%, alta de 0,46 ponto porcentual (p.p.) em relação ao mês anterior.

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O indicador foi puxado pelo grupo habitação (1,80%), depois do aumento nos preços da energia elétrica residencial, e por alimentação e bebidas (0,50%).

Também foram verificados reajustes tarifários na taxa de água e esgoto (0,08%), nas seguintes áreas: Fortaleza (1,46%), com reajuste de 8,05% a partir de 5 de agosto; Salvador (0,36%), com reajuste de 5,81%, e Vitória (0,27%), com reajuste de 4,31% a partir de 1º de agosto.

Ainda em habitação, o IBGE destacou o aumento do gás de botijão (2,40%). Além disso, o resultado do gás encanado (0,02%) decorre do reajuste médio de 2,77% no Rio de Janeiro (0,17%) e da mudança na estrutura das faixas de consumo nas faturas em Curitiba (-0,25%).

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Em alimentação e bebidas (0,50%), a alimentação no domicílio teve alta de 0,56% depois de dois meses consecutivos de queda. Foram observados aumentos nos preços do mamão (10,34%), da laranja-pera (10,02%), do café moído (4,02%) e do contrafilé (3,79%).

No lado das quedas, destaque para a cebola (-16,95%), para o tomate (-6,58%) e para a batata inglesa (-6,56%).

A alimentação fora do domicílio (0,34%) registrou variação próxima à do mês anterior (0,33%). O subitem refeição desacelerou de 0,44% em agosto para 0,18% em setembro, enquanto o lanche acelerou de 0,11% para 0,67%.

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Preço da passagem aérea puxou inflação de transportes

No grupo transportes (0,14%), o aumento de preços no grupo foi influenciado pela alta das passagens aéreas (4,64%). Em relação aos combustíveis (-0,02%), gasolina (-0,12%) e óleo diesel (-0,11%) tiveram queda, enquanto o etanol (0,75%) e o gás veicular (0,03%) registraram alta nos preços.

Por outro lado, a queda mais intensa (0,31%) e com maior impacto (0,03 p.p.) em setembro veio de despesas pessoais. O subitem cinema, teatro e concertos caiu 8,75% e exerceu impacto negativo de 0,04 p.p. no índice geral.

Regionalmente, todas as localidades pesquisadas tiveram alta na inflação em setembro. A maior variação ocorreu em Goiânia (1,08%), influenciada pela alta da gasolina (6,24%) e da energia elétrica residencial (4,68%).

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