Motorista pego transportando R$ 50 milhões em cocaína é solto por juíza
Caminhoneiro confessou ter recebido R$ 15 mil para levar 800 quilos de cocaína da capital do Paraná até a cidade de Diadema, na Grande SP
Na tarde de quinta-feira (17/10), a magistrada Alessandra Mendes Spalding ordenou a libertação de um indivíduo que havia sido detido em flagrante e admitiu transportar uma quantidade de cocaína equivalente a R$ 50 milhões. O motorista de caminhão, Victor Gabriel Alves, já se encontra em liberdade.
O motorista relatou que foi pago em R$ 15 mil para fazer o transporte de 800 tijolos da droga, que estavam escondidos entre uma carga de “flocos de milho” e “polenta”, da capital paranaense até Diadema, situada na Grande São Paulo.
Na quarta-feira (16/10), antes do ocorrido, a polícia rodoviária militar foi informada sobre as características do caminhão que transportaria a droga e que passaria pela região de Ourinhos, no interior de São Paulo.
Próximo às 16h, os policiais militares avistaram o caminhão guiado por Victor no km 352 da Rodovia Raposo Tavares, perto da cidade de Ipaussu. Quando sinalizaram com luzes e sons da viatura, o motorista do caminhão acelerou, iniciando uma tentativa de fuga.
Depois de escapar por cerca de um quilômetro, o caminhoneiro “parou bruscamente” o caminhão em um acostamento, saiu do veículo e correu em direção a uma área de vegetação densa, sem êxito. Quando finalmente foi capturado, confessou que estava transportando 900 quilos de cocaína, ocultos em uma carga de flocos de milho e polenta.
Caminhoneiro fala em “Dificuldades financeiras”
Victor, em seu testemunho, declarou que atua como caminhoneiro desde que tinha 18 anos, lidando com o transporte de “cargas lícitas”. Ele vendeu uma van em 2021, citando dificuldades financeiras, e tentou financiar um “caminhão truck”. No entanto, ele estava enfrentando problemas recentemente para cobrir as prestações do veículo.
Assim sendo, ele confessou ter aceitado a proposta feita por um indivíduo conhecido apenas como “Barata”, para transportar a substância ilegal. “Essa foi a primeira vez que se envolveu no transporte de drogas”, conforme parte do relato.
Victor adicionalmente afirmou que foi ele quem encheu o caminhão com a cocaína, que estava armazenada em uma residência deserta no Paraná.
Após a confissão e apresentação das provas, a juíza aceitou a prisão em flagrante. No entanto, ela não a transformou em preventiva, libertando o prisioneiro menos de 24 horas após a apreensão da carga.
Argumentos para soltar
Na decisão publicada na tarde de quinta-feira, Alessandra Mendes declara que, embora o crime de tráfico de drogas seja “grave”, com ênfase na enorme quantidade confiscada, “o caso concreto revela elementos que indicam a possibilidade de concessão de liberdade provisória”.
Ela defende que Victor, sendo réu primário, possuindo uma residência estável, casado e pai de dois filhos, “demonstrando assim laços sólidos com a comunidade”.
“As circunstâncias do flagrante indicam que o acusado foi colaborativo com as investigações, confessando que foi contratado para transporte da carga ilícita e dando detalhes de como tudo ocorreu, o que contribui para afastar o risco de que sua liberdade possa representar uma ameaça às investigações ou ordem pública”.
A juíza adicionou que não há sinais de que o caminhoneiro faça parte de uma organização criminosa, ou que se envolva em atividades criminosas “com habitualidade”, aplicando o “princípio da proporcionalidade” para rejeitar o pedido de prisão preventiva.
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