Na Rússia, outro oligarca russo morre de maneira misteriosa
Crítico de Putin e oligarca russo, Mikhail Rogachev, foi achado sem vida neste último final de semana, após despencar da janela de seu apartamento
Mikhail Rogachev, um oligarca russo e ex-vice-presidente da gigante do petróleo Yukos, que também é um crítico do regime de Vladimir Putin, morreu tragicamente neste último fim de semana em Moscou após uma queda da janela do 11º andar do seu apartamento, a uma altura de 34 metros. O corpo do homem de negócios de 64 anos foi surpreendentemente encontrado por um membro do serviço de espionagem da Rússia, que estava casualmente passeando com seu cachorro no local no dia do incidente.
Segundo relatos de agências de notícias governamentais russas, Rogachev teria deixado uma nota de suicídio. Contudo, a versão de suicídio é contestada por familiares e amigos próximos, que afirmam que o empresário estava “de bom humor” antes de falecer e não mostrava sinais de depressão ou intenções de cometer suicídio. De fato, ele teria até mesmo tomado café da manhã com seus familiares pouco antes de ser descoberto sem vida.
Rogachev, um influente personagem russo com uma extensa trajetória como vice-diretor da “Norilsk Nickel”, uma empresa de mineração, e do grupo “Onexim”, além de seu papel na “Yukos”, ocupou posições notáveis no campo da energia e mineração. A “Yukos”, foi desmantelada na Rússia pelo governo de Putin após um conflito com o Kremlin.
A mídia russa inicialmente divulgou relatórios que sugerem que o oligarca estava lidando com uma “grave doença”, possivelmente câncer, que poderia ter levado ao suposto suicídio. Contudo, um canal opositor no Telegram refutou essas afirmativas, enfatizando que não havia evidências de uma debilidade em Rogachev que o levasse a cometer suicídio.
A averiguação da morte de Rogachev está em curso na Rússia atualmente. Este caso é mais um numa sequência de acontecimentos trágicos e enigmáticos que têm atingido personalidades da elite empresarial russa, sobretudo aquelas associadas à indústria de petróleo e gás e que são críticas do Kremlin. Outros executivos de alto nível, como Leonid Shulman, da Gazprom, e Alexander Tyulyakov, também da Gazprom, foram achados mortos sob circunstâncias duvidosas nos últimos anos.
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