NaMORO ou amizade?
Ainda causa espanto a aparentemente contraditória relação entre agentes políticos que, em dado momento, se colocam como antagonistas ferrenhos e, em outro, são flagrados em franca promiscuidade, trocando risos abertos e abraços entusiasmados.
Em várias profissões, notadamente naquelas ligadas à defesa de interesses pessoais ou coletivos, os agentes e operadores são instados à diplomacia, sobretudo considerando que há situações em que o opositor de hoje terá que ser o colaborador de amanhã. Os operadores do Direito que trabalham nos tribunais diariamente constatam isso, ao verem os juízes íntegros se esforçando para não demonstrarem parcialidade entre as partes e advogados.
Embora seja muito natural a simpatia ou antipatia, notadamente com aqueles mais frequentes em cada foro, a própria lei permite aos magistrados recusarem-se a atuar em determinados casos cuja aversão ou proximidade seja tamanha que impeça a imparcialidade, caracterizando o que se chama “suspeição”. Também é muito comum que advogados que acabaram de travar debates acalorados na frente do juiz saiam se cumprimentando e comentando amenidades ao fim do teatro jurídico em que atuaram.
Em regimes que se consideram democráticos e republicanos, nos quais as normas legais derivam da aprovação pela maioria do poder legislativo, é frequente haver união em determinados assuntos e divergência em outros, mesmo que se trate de representantes partidários polarizados.
Mas qual o limite entre a diplomacia e a corrupção?
Essa pergunta angustiante está nos corações de todos os brasileiros, gerando muita ansiedade, principalmente agora, em que os festejos natalinos sinalizam encontros familiares mais amplos, nos quais parentes com ideologias opostas compartilharão, ao menos, o arroz e a sobremesa dos almoços e ceias tradicionais. Não raro, os mais sinceros expõem isso em redes sociais exclamando algo como: “me preparando aqui para a hipocrisia de final de ano”.
Seja no campo familiar ou político, a honestidade do trato estará sempre vinculada à tolerância, que suporta os aspectos comuns e atura os incomuns. É ridículo abraçar e expelir risadas entusiásticas com alguém cujo propósito explícito diverge de tudo, ou quase tudo, que constitui nossos princípios mais basilares de liberdade, religiosidade, respeito e consideração humana. No entanto, é possível tratar com diplomacia em todas as situações, sobretudo para aqueles que se consideram filhos de Deus, e, portanto, irmãos.
Por isso, talvez, algumas das imagens desse artigo, tão divulgadas e repercutidas pela imprensa e redes sociais, causem tamanha reviravolta nos estômagos dos justos. Elas não revelam apenas mera diplomacia, mas sim promiscuidade ideológica que demonstra falsidade de propósito e permissividade com o intolerável.
São os mesmos capítulos do “Teatro das Tesouras” que insistem em se repetir, modificando apenas os atores.
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