PGR pede ao STF soltura de Filipe Martins

Ex-assessor para Assuntos Internacionais está preso desde fevereiro

De acordo com a PGR, como revelado pela Revista Oeste, a defesa de Martins “apresentou documentação que comprova sua permanência no território nacional desde o dia 30.12.2022, apesar de ter constado na lista de passageiros do presidencial que deixou o Brasil com destino a Orlando/EUA”.

“A pretensão de relaxamento da custódia parece reunir suficientes razões práticas e jurídicas, sem embargo de serem tomadas providências de cautela como a proibição de deixar o país e retenção de passaporte”, escreveu o PGR, em 29 de julho.

Provas fornecidas por Filipe Martins

Alguns meses atrás, os advogados de Martins apresentaram recibos da Uber que corroboram a afirmação de que o ex-assistente não fez uma viagem aos EUA em 30 de dezembro de 2022.

De acordo com os documentos apresentados pelos advogados e aos quais a Revista Oeste teve acesso, Martins estava em uma hamburgueria no centro de Brasília em 30 de dezembro. No dia seguinte, ele se encaminhou ao aeroporto da capital federal para uma viagem a Curitiba.

Quando chegou à cidade, ele também recorreu ao serviço de aplicativo, conforme os comprovantes indicam. Na época em que Martins estava em Curitiba, Bolsonaro já havia partido para o exterior.

Também foi informado pelo governo dos Estados Unidos que Martins não estava no país na data que Moraes mencionou.

Bilhetes de passagens aéreas

No mês de fevereiro deste ano, a Revista Oeste divulgou a descoberta de bilhetes de passagens aéreas que confirmaram a estadia de Martins no Brasil na data mencionada por Moraes para justificar sua prisão.

Interpelada pelo STF semanas depois, a Latam confirmou a ida do ex-assessor à capital paranaense. As informações são da Revista Oeste.