Primeiro contato: Chevrolet S10 2025 mostra uma evolução interessante
Londrina (PR) – Em 1995, a Chevrolet apresentou a primeira picape média produzida no Brasil, a S10. A caminhonete está prestes a completar 30 anos de mercado e tem sua linha 2025 revelada – apenas o lançamento oficial ainda não foi realizado, a marca já iniciou a pré-venda, com a revelação das três versões mais completas.
Ao longo desses quase 30 anos, a picape passou por grandes reformulações. A principal delas foi em 2012, quando a marca apresentou a segunda, e atual, geração. Foi quando as picapes médias cresceram consideravelmente, mudando a categoria de patamar tanto no porte, quanto na motorização. Foi nela que o motor 2.8 diesel foi apresentado também.
Outra importante mudança veio em 2015, quando a Chevrolet apresentou uma nova versão topo de linha, a High Country – um fato curioso é que, na época, outras configurações também foram lançadas, mas apenas a HC se manteve até hoje. No ano seguinte, veio o sistema OnStar. Mas apenas em 2020 ela ganhou seis airbags em todas as opções.
Agora, a picape passa por outra importante modificação, para a linha 2025. Apesar de não ser uma troca de geração, ela foi bem modificada, ganhando uma “harmonização facial” completa e um novo “banho de loja”. Fomos até Londrina, durante a Expolondrina, para ver de perto as novidades da picape, que deve chegar ao mercado no fim de maio. Mas ainda não são as “Primeiras Impressões” dela, que ficarão para o lançamento no mês que vem.
Precificação
Por enquanto, a Chevrolet revelou apenas as versões mais completas da S10, com a Z71 (R$ 281.900) de estilo aventureiro – que deixou de ser uma série especial para fazer parte da linha da picape –, a clássica e intermediária LTZ (R$ 292.800) e a topo de linha High Country (R$ 302.900). Apesar do valor estratosférico, ela compete bem com as rivais.
Em relação às outras topo de linha, a S10 tem um valor interessante, pois está bem abaixo de Ford Ranger (R$ 349.990), Volks Amarok (R$ 337.280), Toyota Hilux (R$ 334.890) e Nissan Frontier (R$ 321.950), e está só um pouco acima de Mitsubishi L200 (R$ 299.990). A Fiat Titano não entra nesta disputa por conta do preço e da motorização.
Aperfeiçoado
Falando no motor, o consagrado 2.8 Duramax foi reprogramado e, agora, gera 207 cavalos e 52kgfm de torque. No quesito potência, ele só fica atrás dos V6 da Ranger e da Amarok e da versão esportiva da Hilux, a GR-S. A caixa de força está aliada à novíssima transmissão automática de oito velocidades, direção elétrica e tração 4×4.
No breve contato que tivemos com a nova S10, em uma pista off-road montada na Expolondrina, no interior do Paraná, tivemos uma grata surpresa com a uma melhoria do sistema 4×4, muito por conta do novo câmbio também. Com a reduzida ativada, como gostamos de chamar, o “modo trator”, praticamente não foi preciso pisar no acelerador.
Ela superou os principais obstáculos (king, inclinação positiva e negativa e caixa de ovos) sem o mínimo esforço, mostrando que a caminhonete está ainda mais forte do que antes, gerando boas expectativas para o uso no asfalto e fora dele, sem ser em uma pista montada. Um outro ponto perceptível foi a melhoria no ruído na vibração do motor.
Segundo a Chevrolet, a S10 ganhou placas acústicas adicionais nas portas, nas colunas, no teto e até na parede corta-fogo, deixando a picape bem mais silenciosa. Ela também recebeu outras melhorias de engenharia, como recalibração da suspensão, novos amortecedores, aumento das bitolas e novo conjunto de pneus e rodas.
Igual, mas diferente
Visualmente falando, a S10 mudou bastante, pouca coisa foi mantida. O desenho é o mesmo para as três versões, mas cada uma tem suas particularidades. Todas contam com grade bipartida, faróis afilados, um grande skid plate no para-choque dianteiro.
Na traseira, a tampa da caçamba também foi redesenhada e, agora, conta com o nome da marca em alto relevo, além disso, ela conta com sistema de compensação de peso, o que deixa a peça super leve, facilitando a abertura e o fechamento.
As diferenças entre cada versão estão na cor do acabamento e em alguns outros detalhes. Na Z71, o foco é a esportividade fora de estrada, então ela conta com grade, retrovisores e maçanetas pretos. Ela ainda conta com estribo diferenciado (único da categoria) que agrega um visual ainda mais interessante a picape e santantônio tubular.
A versão de entrada ainda vem com lanternas escurecidas, rodas rodas com desenho próprio e pneus de uso misto. Na feira não tinha nenhuma unidade da LTZ, mas pelas imagens reveladas pela Chevrolet, ela terá o visual mais sóbrio entre as três, com todos os detalhes na cor da carroceria, seja a pintura que for.
A High Country diferencia-se pelo santantônio esportivo e o uso abundante de cromado, bem ao estilo norte-americano, nos frisos das janelas, maçanetas, capas dos retrovisores, no skid plate e na grade, o material é visto até no novo acabamento que divide a peça, totalmente em cromo, chegando até a ser um pouco exagerado.
Por dentro, o destaque, em todas as três versões, são as duas telas, uma de 11 polegadas para a novíssima central multimídia e outra de oito polegadas para um inédito painel de instrumentos digital. Bancos, painel e forro das portas também foram redesenhados.
Ainda a destacar
A Chevrolet até divulgou quais são os novos itens presentes na S10, mas como ainda não foi o lançamento oficial da picape, ela não destrinchou exatamente quais itens estão em cada uma das três versões. Claro que, a High Country, como topo de linha, contará com todos. O certo é que a Z71 terá chave sensorial e partida por botão.
Entre as novidades e itens já existentes, a LTZ contará com alertas de colisão frontal e de saída de faixa, frenagem automática de emergência, ar-condicionado digital, carregador de celular sem fio, comandos remotos de motor e ar-condicionado e banco do motorista com regulagem elétrica.
A topo de linha ganha alertas de ponto cego e de tráfego cruzado traseiro, descansa braço traseiro, acabamento interno e acessórios exclusivos. Além desses, a S10 contará (ainda não sabemos a partir de qual versão) com portas USB tipo A e C na dianteira e na traseira, farol alto automático, iluminação full LED e volante com coluna de direção telescópica (altura e profundidade reguláveis).
Entre os equipamentos já confirmados pela marca – e as ausências –, no primeiro contato, o mais gritante foi a falta de proteção de caçamba. Mesmo na topo de linha e seus R$ 302 mil a S10 não conta, algo que deveria ter desde a versão de entrada. Mas a capota marítima é de série.
A opinião do Diário Motor
Este foi apenas o primeiro – e breve – contato com a novíssima S10. A picape ainda será lançada oficialmente, com previsão para o fim de maio. Mas mesmo assim, podemos ver como ela evoluiu, tanto no quesito design, quanto nos equipamentos e até na motorização (essa mais nos números do que na sensação real).
Como costumamos falar, gosto é algo muito pessoal, mas sem medo de errar, a S10 passa a ser uma das picapes médias mais bonitas do mercado, principalmente na versão Z71, com detalhes escurecidos apontando um lado mais esportivo. Nota e se vale – ou não – a compra, deixaremos para as “Primeiras Impressões” logo após o lançamento oficial.
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